Após ser preso com com arma, ex-prefeito de Itagimirim paga fiança de R$ 90 mil e é liberado

Após ser preso com com arma, ex-prefeito de Itagimirim paga fiança de R$ 90 mil e é liberado

Foi liberado na tarde desta quinta-feira (18) da delegacia de Eunápolis, no sul da Bahia, o ex-prefeito de Itagimirim Rogério Andrade de Oliveira. Ele havia sido preso na quarta-feira (17), após ser flagrado com uma arma e munições, durante um cumprimento de mandados de busca e condução coercitiva. Rogério pagou fiança no valor de R$ 90 mil e vai responder ao processo em liberdade.

 

Rogério Andrade de Oliveira e o ex-secretário municipal Rilson Neris Miranda, que também foi preso e segue na delegacia, são investigados em uma operação da Polícia Civil por furto de bens e documentos da prefeitura. Eles eram alvos de condução coercitiva na operação, mas acabaram autuados por posse ilegal de arma, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).

 

Outros antigos auxiliares do ex-prefeito foram conduzidos coercitivamente na operação. Sérgio Murilo Cerqueira Menezes, que é secretário de Educação, Rafael César do Amaral e Wesley José Gonçalves são suspeitos de vários crimes contra o município, conforme a polícia.

 

Os mandados foram cumpridos nas casas das pessoas ligadas aos investigados situadas em Itagimirim e também nas cidades de Itapebi, Santa Cruz Cabrália e Belmonte.

O ex-prefeito Rogério Oliveira estava com uma espingarda calibre 12 e munições. Com Rilson, foram encontradas munições calibre 762 usadas em fuzil, segundo a polícia.

 

As investigações da operação estão a cargo da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil do Interior (Eunápolis) e foram iniciadas após requisição do Ministério Público. Os indiciados são investigados pelo desaparecimento de peças de veículos automotores e tratores, de documentos contábeis da administração municipal, aparelhos de ar-condicionado, computadores, scaneres, impressoras, móveis do gabinete e da recepção, objetos de decoração e outros bens públicos.

 

Durante as buscas da polícia, foram apreendidos documentos, cheques, um armário e uma cadeira do mobiliário da prefeitura.

Também são investigados os crimes investigados de improbidade administrativa e ausência de prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), de portarias de nomeações e de pastas de pagamentos dos servidores.

 

De acordo com o advogado de Rafael Cesar, Antônio Pitanga, o cliente dele foi secretário de Educação a partir de abril de 2016, ainda na gestão de Rogério Andrade, que deixou a prefeitura após perder a disputa para Devanir Brillantino, atual prefeita de Itagimirim. Apesar da mudança, Rafael foi convidado a permanecer no cargo e tomou posse em fevereiro deste ano.

 

O secretário Rafael foi liberado da Delegacia de Eunápolis na tarde de quarta-feira, após prestar depoimento. Ele nega que tenha roubado qualquer documento ou bens da prefeitura e informou que vai entregar um relatório para a polícia que possa ajudar nas investigações. "A prefeitura atual fez um relatório de patrimônio e documental onde foi observada a falta de documentos. O secretário enviou esse relatório técnico ao MP [Ministério Público]", explicou Pitanga.

 

G1 não conseguiu contato com os advogados dos outros investigados.

O promotor de Justiça, Helber Luiz Batista, da Comarca de Itagimirim, confirmou que o relatório de todas as secretarias foi encaminhado ao órgão, mas as pessoas que foram conduzidas até a delegacia foram apontadas por testemunhas como autoras do delito.

 

"Toda a gestão atual relatou os documentos suprimidos e móveis que não estavam nas áreas municipais. No entanto, o pedido de busca e apreensão teve como fundamento o que estava nos autos, onde existem depoimentos de testemunhas que apontam como esses bens foram subtraídos. Então, todos os apontados precisaram ser ouvidos", relatou Batista.

 

www.jequitinhonhanews.com/(G1)

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